07/11/2012




Argumento – Lado Bom da vida


Primeiro estranha-se depois entranha-se (coca-cola), a sua beleza e equilíbrio de corpos danone (danone) entre a imagem de vendedor mascarado ou de génio criador. Pois há bem mais que isso, mais que um novo produto apresentado, catalogado. Aí, temos a força de acreditar (banif) que com a sua energia positiva (galp) lhe desvendaremos momentos mais saborosos (mcdonalds) ou uma sensação de viver (coca-cola) no mundo encantado dos brinquedos (continente) como se estivesse a cantar desde 1919 (azeite gallo). Bem-vindo ao lado B (b!)da vida! Que melhor maneira de receber informação que numa brisa irreverente envolvida em arte? É estética visual com sabor autêntico (super-bock) a nossa selecção (sagres) de que o que é nacional é bom (nacional). Se ainda não saltou no seu sofá, gritando: im lovin’ it (mcdonalds) algo correu mal…
Deixe-se levar pelo bom sabor da selva! (bongo) A publicidade é a liberdade de expressão rica em vitamina c e forte em chocolate (chocapic).
Just do it (nike), taste the rainbow!! (skittles)

09/12/2011

X:AM

for who's A M but mine could i stay endlessly suspending?


stealing no seconds while letting the smoke dance with the chest,


not choke, for it's an imaginary dance.


imaginary smoke makes you not choke


but you wear the vest.


ascending new creatures as creeping passengers,


ascending,


nude spiral axis of any corners in space.


molding it as clay, and, in hands, as words,


action last's for a moment,


for a moment, no time.

29/11/2011

.

Eles dizem que fazem política.
Mas a Política devia ser, a Política é!
Mas eles não são. Fazem crer que são.
Políticos.





Je suis un voyageur du sable des temps.
De tous les temps. Tout le temps.
Je t'embrasse toujours,
tous les jours
pendant un journé.

01/10/2011

voyages du geste

who was the dead body?
you teached me how to procrastinate my kiss,
desecration smiles wait for me.
my mouth ate the sea, rebirth in me
with a little plié
slow steps turning into samba
Montemor, Montemor-o-Novo
Please! I'm not a country
I am all of you, dragonflies and wolves
rebirth in me
no miles, no frontières
meet you, near the sea


Diogo Viana

04/07/2011

sorrir

sorrir é ser capaz de lembrar

da felicidade, estar grato,

dizer obrigado

e sobretudo viver.


ser espontâneo, de movimentos limpos, objectivos.

Braços vivos e abraços reais

de místicos efeitos: motivos de sorrir.

Sourrio

o gritante som do rio após abrir a janela traz a proximidade abrupta dum encontro. uma brisa amena e a lua cheia, rompendo a solidão. voo ao seu encontro num céu, tão estranhamente ainda-azul, e sinto-me em profunda comunhão com os tons soturnos da noite, e com o seu cântico negro de acalmia, de bonança sussurrada na dança das folhas com a terra molhada. Foi dia de chuvada. E o som da água ensina o caminho de casa, o regresso à janela. Sorrindo, mais bela.

28/01/2011

diogoV
**

Aqueles que me têm muito amor


Não sabem o que sinto e o que sou...


Não sabem o que se passou, um dia, a Dor


À minha porta e, nesse dia, entrou.


E é desde então que eu sinto este pavor,


Este frio que anda em mim, e que gelou


O que de bom me deu nosso Senhor!


Se eu nem sei por onde ando e onde vou! !




Sinto os passos de Dor, essa cadência


Que é já tortura infinda, que é demência!


Que é já vontade doida de gritar!




E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,


A mesma angústia funda, sem remédio,


Andando atrás de mim, sem me largar!






**

Florbela Espanca








**


Pelos que vêm o fogo arder devagar


ao quente interior duma lareira


queiram-se os pensamentos ávidos, por nova fogueira


um calmo e quente novo amor


Pois veja-se pelo interior!


Uma cintilante gota de energia a planar


uma só chama ardendo devagar, à beira


Mundo, sem lá estar.




Que se atire a primeira pedra ao caminho


certo, que encontrem essa porta, que Uno, sozinho,


te sintas livre!




Constrói envolvendo-te, sem casa nem muro,


curioso, faminto por essa luz sem escuro


de quando um ser vive.


**


Diogo V


**





25/01/2011

Welcome to the Soft Parade

Picos de montanhas em tons castanhos e viajar são os meus planos
Pessoas sorridentes no meu caminho, bebendo tudo não vou sozinho

tudo devia ser assim
devíamos viver assim

a tribo chegou com seus exemplares mais interessantes
tantos guerreiros tanto bicho brilhando como diamantes

Eu devia ser assim
podíamos viver assim

planando à toa brincando
a tribo chegou para assentar

as cores vão ganhando forma
as formas dançam sem limites
numa dança lenta e colorida
sendo a própria vida
a música sobe precipitando-se
o fim é certo como o nosso destino nunca será

Diogo

15/11/2010

Esperto

Ao espertar apercebi-me da nuvem que sobrevoei,
das alterações no espaço enquanto planei, estático.
Ferido, um inconsciente cobarde que matei.
Lunático e feroz, debati-me sobre mim mas apenas sobrava eu.
por meses um corpo ausente,
aprendendo em déja vu. acordando numa diferente nuvem,
num diferente eu, ou,
Eu acordando uma pessoa diferente?

05/01/2010

mágôa.

regurgita-se ao que parece
e é tão bom
irónico e inesperado final
que nos remete ao início
Engole-se ao que parece
e dói tanto
sarcástico e expirado final
uma pena ao precipício

01/11/2009

.


se a lua resolve me visitar


ao invés de nela me buscar


o calor aquece e o frio também


e tudo serve para agilizar em redor


do encontro inesperado


que se quer pra ficar

10/10/2009


Regresso a casa

De volta às caminhadas nocturnas

aos vazios plenos, à musicalidade do silêncio

pelas ruas sem mácula, iludido

por calmas triviais e secretamente

planeando mudar o mundo por ti

29/09/2009

vindo de lá


lá onde o fogo arde,


onde julguei caminhar


à superficie, sabendo-te tarde


de mais num sabor invulgar


vindo lá de onde




a semente ainda nasce


sem o vento cessar


onde saber saborear


é viver na minha aldeia


mas o mar, inundou meus pés


envolveu-me em chamas


para lá, onde


zéfiro ateia movendo o carvão


«eu vi e agarrei»

10/09/2009

abraço-Te

Ontem o Sol sorriu ao despertar
tarde. E em boa-hora apareceu,
atou-nos as mãos e enrolou-se em forma de nós
quentes e serenos, sorrindo ao céu
eu sou mais tu quanto tu mais eu, e arde
por querer Luas gémeas.

03/09/2009

escreVendo por detrás*

Hoje apetece-me escreVer,
limpar o quarto e desarrumar tudo, numa mescla
de caos em lencóis lavados.
Quem eu sou, aprender...

Registar as portadas abertas ao vento
a Lua cheia, demasiada gente
vive nela, neste momento
quer ser só, beber da solidão aparente

um raro trago de prazer
inicia a seita do sentir,
que amarga sua boca nostálgica,
pois tal luz, parece ser

visível quanto trágica,
sendo bela sem se ouvir.

24/08/2009

"Open the book for the cosmic love"

Eis que ela flui
percorrendo a distância,
a massa metamorfose, invejo-a

seu silencioso momento
é fumo pairando entre as estrelas
numa mágica de fundo, bailando
flui opaca névoa

assumindo todas as formas
e troça-me, impaciente
teço fios de pensamento

Xamã! Só, no teu amor,
na paixão inconsistente
apreciada

nesta matéria não sou nada
desejo-a
invejo-a
metamorfose imaculada


O título é uma referência aos Blasted Mechanism.

23/08/2009

Terror de te amar








Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo




Mal de te amar neste lugar de imperfeição


Onde tudo nos quebra e emudece


Onde tudo nos mente e nos separa




17/08/2009

Terra-do-Nunca-é-Demais

I love you, the best
better than all the rest
I love you, the best
better than all the rest
That I meet in the summer
Indian summer
That I meet in the summer
Indian summer
I love you, the best
better than all the rest

Hear
the lizard King
he sees everything

31/07/2009

Não tenho ambições nem desejos


Não tenho ambições nem desejos.

ser poeta não é uma ambição minha.

É a minha maneira de estar sozinho.

...


ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz

E corre um silêncio pela erva fora.

...

Porque quem ama nunca sabe o que ama

Nem sabe porque ama, nem sabe o que é amar...


Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo...

Por isso a minha aldeia é tão grande quanto outra terra qualquer,

Porque eu sou do tamanho do que vejo

E não do tamanho da minha altura...

...


A mim ensinou-me tudo.

Ensinou-me a olhar para as coisas.

Aponta-me todas as coisas que há nas flores.

Mostra-me como as pedras são engraçadas

Quando a gente as tem na mão

e olha devagar para elas.

13/06/2009

Interrupção marcada para as 12:00AM PDT on Monday (6/14).

Então e se me apetecer hoje catadupa?
Catadupa, pois bem. Ca-Ta-Du-Pa's de bons dias para voçês também com interrupções marcadas em horas escolhidas previamente acordadas para ser agendadas. Isso faz tanto sentido como esta frase.

E, se.
Simplesmente e, se?
Se eu sentir a magia a escorrer-me pelos dedos, se eu me esvair em cosmos de tintas e vos quiser para ver, se nesse momento, nesse domingo à tarde eu quiser estar cá.
Como faço?
Hoje dois é multidão, em mim vive uma tribo solta de nativos de sei-lá-d-onde capaz das mais grotescas formas de sentir o chamamento.
Interrupção? NÃO.
Se me apetecer falar com todos eles até domingo à tarde como fruirá essa comunicação?
"Domingo à tarde", o mote da sardin-on-carvon09 está tão perto que o conceito passa a estória. Eu vivi lá, no "domingo à tarde"! tenho a pulseira, comi, bebi e agora?
a partir do meio-dia começa o domingo à tarde! *brilhando quando todos foram dormir.
(é o que dá as interrupções!)

30/04/2009

sabes...


Sei tanto se pensares em calão
Sou tanto quanto sinto se fores sensível

buscando tua luz Seduzo
tanto como sem espanto o sorriso seduz


se te farei sonhar?
teu peito arderá de cruel ansiedade
tu és musa mimada
e eu
teu espelho
vesti tua pele.

23/03/2009

old-thoughts-new-resolutions

Re-observo ou analiso?
Vejo e concluo mas nada deduzo, nada
deve permanecer…
Duro trabalho da alma, o de carregar o poeta.
Em páginas escrito
pelos olhos descrito
O vazio da existência.





2005

25/02/2009

Cósmiquices

"By the power invested in me as God of my own world" - Natural Born Killers

O Universo é vasto, é algo enorme, todos sabem disso. Quando algo é Universal (non corporative) fala-se da capacidade de todos daí retirarem o mesmo sentido, resultado ou compreensão. Pois, o que é Universal?

O Universal só o é quando fora de si mesmo, logo aí, já perdeu a sua própria Universalidade. A não ser que... O Universal pressuponha a constante alteração do espaço(-tempo).
A visão artística, aquela centelha que consome pessoas e as suas vidas é a nossa melhor tentativa de Universalidade, é o propagar de signos que proporcionem ao Outro a clara percepção do nosso Universo, daquele Universo ou da ausência dele. Ora, essa ponte facilitadora do entendimento dos Universos é fixada por uma centelha antiga, ultrapassada mas ainda assim verdadeira. É o artista que concebe Universos, o delinquente primordial que ultrapassa as barreiras e escolhe os signos. Ainda assim, os signos estão aí e tão mal aproveitados.

O Universo no teu olhar
é fascínio sem lascívia
entendimento brusco sem inteligível
é saudade pronta a matar-me

perplexidade
incompreensão
palavras movidas a carvão
numa Universalidade
desse teu ar...

24/02/2009

SweetTheArt



Morrer como quem desperta
saber que a nossa vida
presente
é somente uma veloz passagem numa chama bailarina
em sucessão brusca
Uma sucessão minimal
antes da racionalização: emoção
O homem e a emoção

Mas acordar antes de morrer
e ver os dias passar é tão só
e o mesmo A emoção com que se vive
pode matar A ausência dela
é nunca ter nascido
Nem Ser criado Criar raízes e tormentos
Nem semear paixões em danças da chuva

Ébrios e loucos esquecem
e voamos borboletas rumo à luz desconhecida
Mas tão brilhante
Mas tão brilhante
Sou já dois P’s sem augúrio de um F
Ser com ter sido estampado no que É
Poder sobre isso não apaga
o inatingível sobre-humano Futuro

Dá que fazer antes de dormir
que escrever antes de sonhar
obsessão
por ti sentir

ancoro pensamentos
de emoções
ditos momentos em arcaico
nessa brisa fugaz

há um rasto enorme de sangue de mim mesmo
de punhaladas proferidas por mil egos
acordo perdido
enquanto a lua me quiser despertarei ambíguo
e viverei morrendo ao sol



Salvador Dali,

with photograph by Phillipe Halsman (1906-1979)

Near Voluptuous Death, 1951.Halsman Estate

Black and White Avant-Garde Photo

Latvian/American Portrait Photographer