09/12/2011

X:AM

for who's A M but mine could i stay endlessly suspending?


stealing no seconds while letting the smoke dance with the chest,


not choke, for it's an imaginary dance.


imaginary smoke makes you not choke


but you wear the vest.


ascending new creatures as creeping passengers,


ascending,


nude spiral axis of any corners in space.


molding it as clay, and, in hands, as words,


action last's for a moment,


for a moment, no time.

29/11/2011

.

Eles dizem que fazem política.
Mas a Política devia ser, a Política é!
Mas eles não são. Fazem crer que são.
Políticos.





Je suis un voyageur du sable des temps.
De tous les temps. Tout le temps.
Je t'embrasse toujours,
tous les jours
pendant un journé.

01/10/2011

voyages du geste

who was the dead body?
you teached me how to procrastinate my kiss,
desecration smiles wait for me.
my mouth ate the sea, rebirth in me
with a little plié
slow steps turning into samba
Montemor, Montemor-o-Novo
Please! I'm not a country
I am all of you, dragonflies and wolves
rebirth in me
no miles, no frontières
meet you, near the sea


Diogo Viana

04/07/2011

sorrir

sorrir é ser capaz de lembrar

da felicidade, estar grato,

dizer obrigado

e sobretudo viver.


ser espontâneo, de movimentos limpos, objectivos.

Braços vivos e abraços reais

de místicos efeitos: motivos de sorrir.

Sourrio

o gritante som do rio após abrir a janela traz a proximidade abrupta dum encontro. uma brisa amena e a lua cheia, rompendo a solidão. voo ao seu encontro num céu, tão estranhamente ainda-azul, e sinto-me em profunda comunhão com os tons soturnos da noite, e com o seu cântico negro de acalmia, de bonança sussurrada na dança das folhas com a terra molhada. Foi dia de chuvada. E o som da água ensina o caminho de casa, o regresso à janela. Sorrindo, mais bela.

28/01/2011

diogoV
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Aqueles que me têm muito amor


Não sabem o que sinto e o que sou...


Não sabem o que se passou, um dia, a Dor


À minha porta e, nesse dia, entrou.


E é desde então que eu sinto este pavor,


Este frio que anda em mim, e que gelou


O que de bom me deu nosso Senhor!


Se eu nem sei por onde ando e onde vou! !




Sinto os passos de Dor, essa cadência


Que é já tortura infinda, que é demência!


Que é já vontade doida de gritar!




E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,


A mesma angústia funda, sem remédio,


Andando atrás de mim, sem me largar!






**

Florbela Espanca








**


Pelos que vêm o fogo arder devagar


ao quente interior duma lareira


queiram-se os pensamentos ávidos, por nova fogueira


um calmo e quente novo amor


Pois veja-se pelo interior!


Uma cintilante gota de energia a planar


uma só chama ardendo devagar, à beira


Mundo, sem lá estar.




Que se atire a primeira pedra ao caminho


certo, que encontrem essa porta, que Uno, sozinho,


te sintas livre!




Constrói envolvendo-te, sem casa nem muro,


curioso, faminto por essa luz sem escuro


de quando um ser vive.


**


Diogo V


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25/01/2011

Welcome to the Soft Parade

Picos de montanhas em tons castanhos e viajar são os meus planos
Pessoas sorridentes no meu caminho, bebendo tudo não vou sozinho

tudo devia ser assim
devíamos viver assim

a tribo chegou com seus exemplares mais interessantes
tantos guerreiros tanto bicho brilhando como diamantes

Eu devia ser assim
podíamos viver assim

planando à toa brincando
a tribo chegou para assentar

as cores vão ganhando forma
as formas dançam sem limites
numa dança lenta e colorida
sendo a própria vida
a música sobe precipitando-se
o fim é certo como o nosso destino nunca será

Diogo