...Porque não nos levantamos e gritamos? Porquê não subir um pouco na escala do absorto real dançando onde e quando quisermos. Acordo.
*
Olhar para dentro só faz sentido quando imersos nessa dimensão.
Cá fora tudo se assemelha pérfido, é. Aqui não consigo lembrar nem sentir o que dentro tanto me apela, chama que consome pensamentos.
Para onde vão as ideias geniais, serei uma locomotiva movida a carvão? Ou estarei a lançar futuros diamantes para o fogo do esquecimento?
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As leis da física de tão semelhantes com as leis do físico desde sempre me prenderam suspenso ao metafísico. No amargo que não arreganha a boca mas antes vícia. A metafísica diz muito mas não me diz nada. A Terra poderia até ser quadrada que isso não me mudaria, ninguém muda se não quer mudar. Como se muda a vontade? Como posso mudar?
Ter de volta aquela máscara de sorriso confiante. Ainda a uso mas aos outros é invisível, até as máscaras têm dois lados, tudo parece ter.
Queria de volta esse amor, agora que tive forças para o expulsar fiquei saudável, triste e só.
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Ao serpentear do fumo pergunto: onde foste?
Brasas queimadas lhes pergunto: de onde vieste?
Não sei quem chegou, quem partiu...
Reminiscências de um são coisas que o outro nunca viu.
O outro não lembra, projecta e enfada. É um ser estagnado para o
antigo optimismo. Sentimento pesado para o jovem rapaz
morto agora na pele do mestre que atacou.
*
Arde chama o teu nome no meu pensamento
Consome mais que o ar de fora e de dentro
Agora é algo que não sei entender Agora
é passado de ainda agora
agora está a passar-se agora está a suceder
Agora é um portal do tempo
é tão genial que o recebi em déjà vu
Agora é trágico e triste pois não sei onde o meter
*
de olhos fechados por simpatia alheia
*
Softly driven by a simple look
often awaken by the right touch
he makes his dance
being one with Earth
*
Pictóricas linhas rectas secas dramáticas ou não geométricas surreais incidentes espectrais de cores na mão flores tracejadas florestas extasiadas num amor de carvão palavras desmesuradas por simples letras ornamentadas brilhando-nos de antemão.
*
Quero explodir nebulosa ascendente
varrendo a minha existência
não tenho carne para ser gente
nem peso de alma na consciência
Tenho fúrias que não explodem
e confusões que não morrem sem explodir...
4 comentários:
I've got wild staring eyes
I've got a strong urge to fly
But I've got nowhere to fly to
...
fez-me lembrar-los, só isso.
Há qualquer coisa de especial no difícil que é ler-te.
é estranho (não encontro outra palavra) rever páginas minhas em palavras tuas. não sei como traduzir a minha sensação ao ler o que escreves. sei algo: é delicioso saber que mais alguém sente uma parecida profundidade.
e vai um olhar a sorrir!*
Obrigado João, Pink Floyd, Vera e Cris...
Um sorriso para voçês =)
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