diogoV
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Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem o que se passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou! !
Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!
E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
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Florbela Espanca
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Pelos que vêm o fogo arder devagar
ao quente interior duma lareira
queiram-se os pensamentos ávidos, por nova fogueira
um calmo e quente novo amor
Pois veja-se pelo interior!
Uma cintilante gota de energia a planar
uma só chama ardendo devagar, à beira
Mundo, sem lá estar.
Que se atire a primeira pedra ao caminho
certo, que encontrem essa porta, que Uno, sozinho,
te sintas livre!
Constrói envolvendo-te, sem casa nem muro,
curioso, faminto por essa luz sem escuro
de quando um ser vive.
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Diogo V
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1 comentário:
Continua a escrever em grande!
ja so fã ha alguns anitos... so falta msmo mais posts =p eheh
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