![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7pL2Eewcit6gdcctuK4JzFBdwfcYBjY6__zDYaJI34JgqzdD5KRWlfQM8fEFx1nTtDhF6W8O2iQQVzmyit-1b0mN6G1DWmzOWzlEH-LePn-K3Ygkhw7Z1O8EYP5yqT3nMG37ETYmvr9Q/s400/dali_cannibalism-autumn.jpg)
Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
José Régio in Soneto de Amor
Sem comentários:
Enviar um comentário